sexta-feira, 9 de abril de 2010

QUARTO MINGUANTE - PARTE 2

"UM  SOL  NASCENDO  DAS ÁGUAS"



"Antes de se levantar,
Deu o sol o seu mergulho,
Tomou um banho de mar,
antes de Sol foi marulho,
Ah, benza-o Deus, eis a Aurora
Pingando luz e molhada.
- Fique aqui, não vá embora!
Por toda a praia é chamada"

                 José Americo De Almeida


Esperei então o romper do dia para ver o Sol nascer, saindo daquelas águas cálidas e serenas vinha molhado e pingava, vi surgir os primeiros raios de luz dourada, olhei e fotografei, ouvi  então aquela  voz que me pedia que ali ficasse, já a praia se despia da madrugada.......







 Depois sentei-me. olhei o mar e senti o fresco das ondas que me cobriam, enrolei-me e deixei-me levar no seu vaivém, depois quis saír e ouvi novamente aquela voz que voava com o vento, vinda do infinito.........


MAR  GENEROSO

"Sentei-me. A areia que este mar lavou
 meu leito mais limpo e mais macio.
 Penso nos broncos pescadores ou
 o céu azul, meu cortinado, espio.
Uma onda subiu. Estou molhado.
Subiu e me cobriu todo de espuma.
O céu me viu aí quase afogado,
Porque foi mais, não foi somente uma.
Meu mar extraordinário, mar sem fim,
Quem  foi que disse que eu não sei nadar?
Não fui eu que chamei, viste a mim,
Tudo que pulsa é coração, meu mar.
Deixei o mundo  e vim morar contigo,
Deixei o campo e, afinal,. a praça
Para viver neste teu seio amigo,
Onde tudo que há se dá de graça."

                             José Américo De Almeida





Depois passeei sózinha, pisei aquela areia macia, lavei meus pés nas ondas que corriam pela praia deserta, grandiosa e aberta, andei  até a maré ficar cheia, até não poder mais andar.....


MILAGRE

"Criei meu rastro na areia,
Como flor posta num jarro.   
          
Assim à terra me agarro
Na boca da maré cheia.

Tendo as passadas no meio,
Deixei meu traço marcado
No desenho de um passeio
E jà o encontro apagado.

Uma onda suja e arisca
Lavou o meu pé no chão
como a antiga servidão
Da criadinha Francisca.

Tão firme era meu andar
Que me fui de corpo inteiro,
Como um navio veleiro,
E não pude mais voltar."

         José Américo De Almeida


http://www.museuvirtualjoseamerico.pb.gov.br/

9 comentários:

  1. Qyerida Helena, gracias por la visita, yo me disculpo por mi larga ausencia yo estoy con vosotros. Me perdonará que le permite ver algunas fotografías hermosas, Perdóname
    un abrazo
    Maurizio

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  2. Maravilhosa postagem!!!!
    beijo, lindo domingo

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  3. Olá Helena!
    O primeiro verso está lindo, descrevendo o nascer do sol - saindo do mar, e as fotos linda moldura para o mesmo.
    Bonito post!
    Um abraço; bom resto de domingo!
    Vitor

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  4. Puxa, Helena! Como é lindo teu blog e ver tantas coisas lindas aqui! Muito legal! beijos,linda semana e tudo de bom,chica

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  5. OLÁ AMIGA, BELÍSSIMA POSTAGEM... SIMPLESMENTE SUBLIME... UMA TARDE FELIZ...!
    ABRAÇOS DE CARINHO,
    FENANDINHA

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  6. *
    que belo Post .
    parabens,
    posso revê-lo ?
    ,
    conchinhas de solares,
    deixo,
    ,
    *

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  7. I don't think Google translator can reflect the beauty of this poetry but the photos you posted are amazing, Helena. You are so lucky to have visited such beautiful places in the world :)

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  8. Boa noite Helena,
    há muito que já por aqui não passava. São muitos os blogues que tento visitar e o tempo disponivel também não é muito.
    Bom mas o que importa é que vim, tarde mas vim e bem a tempo de poder mergulhar num post magnifico!

    Beijinhos,
    Ana Martins

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  9. lindos poemas,fotografias belissimas...um abraço amiga.marcia.

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