"JANELA"
Verde, azul, madrugada
Dois copos, nós, de mão dada
Apenas uma janela
A abrir-se no corpo dela...."
Do poeta Fernando Tavares Rodrigues, poema publicado no livro de poesia "Depois do amor" em 1999, ano em que o conheci, algum tempo antes de morrer.
Conheci-o numa noite de Verão
falámos e partilhámos nossas vidas,
às vezes com palavras,
outras apenas em silêncio, mão na mão.
Passeámos e conversámos
sobre coisas que faziam rir, às vezes chorar,
mas entre nós e para sempre
há aquela janela virada para o mar......
Com ele aprendi a ler poesia
e a melhor me conhecer,
partiu cedo, antes de tudo acontecer.
À noite, na cama deitada
leio os versos que me deixou,
sofro calada e sonho com ele,
depois vou para aquela janela
ver o dia acordar.......
Belo poema, amiga. Obrigada por sua visita ao Arca. Beijos.
ResponderEliminarUm beijo
ResponderEliminarLAREIRA
Lareira acesa...
Lareira quente...
Vermelha muito vermelha...
Cheia de cores...
Que aquecem...
E me deixam encostar...
O meu rosto ao teu...
E dizer-te baixinho...
Fica aqui...
E deixa-me ficar...
Sempre assim!...
LILI LARANJO
Olá Helena!
ResponderEliminarLindo e sofrido este poema. A saudade do que não chegou a contecer, e a alegria da janela que sempre se mantém aberta para o começo dum novo dia.
E, com algum atraso, obrigado pela sua visita!
Uma abraço.
Vitor.
Carissima Helena:
ResponderEliminarEste é um poema-retrato.
Retrato do que viveu e recorda nas palavras simples dum sentimento vivo.
Gostei.
Que essas lembranças brotem na raíz de outras palavras.
Hoje vim convidar você a conhecer o Ilha da Magia, blogger onde arrisco alguns ensaios poéticos
ResponderEliminarhttp://schmorantz.wordpress.com/
o link está no leia mais no meu tradicional espaço.
beijos
a saudade é feita das ausências de quem já não temos, mas os corpos são apenas um limite físico da alam e as almas voa no vento da madrugada, envoltas nas letras que plantamos nos corações de cada um de nós.
ResponderEliminarhi helena. am not being able to read what is here but i guess it must be interesting judging from the look of it.
ResponderEliminarthanks for visitng my blog . am looking forward for more. do keep checking more on this post because i will be putting up some more pictures.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarHelena, Quando li o seu post lembrei-me deste poema de Fernando Pinto do Amaral, que gosto muito:
ResponderEliminarEsta noite morri muitas vezes, à espera
de um sonho que viesse de repente
e às escuras dançasse com a minha alma
enquanto fosses tu a conduzir
o seu ritmo assombrado nas trevas do corpo,
toda a espiral das horas que se erguessem
no poço dos sentidos. Quem és tu,
promessa imaginária que me ensina
a decifrar as intenções do vento,
a música da chuva nas janelas
sob o frio de fevereiro? O amor
ofereceu-me o teu rosto absoluto,
projectou os teus olhos no meu céu
e segreda-me agora uma palavra:
o teu nome - essa última fala da última
estrela quase a morrer
pouco a pouco embebida no meu próprio sangue
e o meu sangue à procura do teu coração.
Fernando Pinto do Amaral
Sou uma apaixonada por poesia e admiro profundamente os poetas que sabem traduzir divinalmente as emoções que habitam os recantos da alma. Este poema parece que nos ensina a decifrar as intenções do vento que por vezes nos deixa facas de fogo intranquilas de um grande amor que acertou em cheio no coração. O seu post fez-me recordar que em qualquer plano da vida é imperioso o verdadeiro amor. Nada faz sentido sem ele por isso o devemos conservar, enquanto o temos, como um bem precioso. Um beijo com amizade, Cristina