terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

"DEPOIS DO AMOR"

"JANELA"

Verde, azul, madrugada
Dois copos, nós, de mão dada
Apenas uma janela
 A abrir-se no corpo dela...."

Do poeta Fernando Tavares Rodrigues, poema publicado no livro de poesia "Depois do amor" em 1999, ano em que o conheci, algum tempo antes de morrer.

Conheci-o numa noite de Verão
falámos e partilhámos nossas vidas,
às vezes com palavras,
outras apenas em silêncio, mão na mão.
Passeámos e conversámos
sobre coisas que faziam rir, às vezes chorar,
mas entre nós e para sempre
há aquela janela virada para o mar......

Com ele aprendi a ler poesia
e a  melhor me conhecer,
partiu cedo, antes de tudo acontecer.
À noite, na cama deitada
leio os versos que me deixou,
sofro calada e sonho com ele,
depois vou para aquela janela
ver o dia acordar.......

9 comentários:

  1. Belo poema, amiga. Obrigada por sua visita ao Arca. Beijos.

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  2. Um beijo

    LAREIRA


    Lareira acesa...
    Lareira quente...
    Vermelha muito vermelha...
    Cheia de cores...
    Que aquecem...
    E me deixam encostar...
    O meu rosto ao teu...
    E dizer-te baixinho...
    Fica aqui...
    E deixa-me ficar...
    Sempre assim!...

    LILI LARANJO

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  3. Olá Helena!

    Lindo e sofrido este poema. A saudade do que não chegou a contecer, e a alegria da janela que sempre se mantém aberta para o começo dum novo dia.

    E, com algum atraso, obrigado pela sua visita!

    Uma abraço.
    Vitor.

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  4. Carissima Helena:
    Este é um poema-retrato.
    Retrato do que viveu e recorda nas palavras simples dum sentimento vivo.
    Gostei.
    Que essas lembranças brotem na raíz de outras palavras.

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  5. Hoje vim convidar você a conhecer o Ilha da Magia, blogger onde arrisco alguns ensaios poéticos
    http://schmorantz.wordpress.com/
    o link está no leia mais no meu tradicional espaço.
    beijos

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  6. a saudade é feita das ausências de quem já não temos, mas os corpos são apenas um limite físico da alam e as almas voa no vento da madrugada, envoltas nas letras que plantamos nos corações de cada um de nós.

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  7. hi helena. am not being able to read what is here but i guess it must be interesting judging from the look of it.
    thanks for visitng my blog . am looking forward for more. do keep checking more on this post because i will be putting up some more pictures.

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  8. Helena, Quando li o seu post lembrei-me deste poema de Fernando Pinto do Amaral, que gosto muito:

    Esta noite morri muitas vezes, à espera
    de um sonho que viesse de repente
    e às escuras dançasse com a minha alma
    enquanto fosses tu a conduzir
    o seu ritmo assombrado nas trevas do corpo,
    toda a espiral das horas que se erguessem
    no poço dos sentidos. Quem és tu,
    promessa imaginária que me ensina
    a decifrar as intenções do vento,
    a música da chuva nas janelas
    sob o frio de fevereiro? O amor
    ofereceu-me o teu rosto absoluto,
    projectou os teus olhos no meu céu
    e segreda-me agora uma palavra:
    o teu nome - essa última fala da última
    estrela quase a morrer
    pouco a pouco embebida no meu próprio sangue
    e o meu sangue à procura do teu coração.

    Fernando Pinto do Amaral

    Sou uma apaixonada por poesia e admiro profundamente os poetas que sabem traduzir divinalmente as emoções que habitam os recantos da alma. Este poema parece que nos ensina a decifrar as intenções do vento que por vezes nos deixa facas de fogo intranquilas de um grande amor que acertou em cheio no coração. O seu post fez-me recordar que em qualquer plano da vida é imperioso o verdadeiro amor. Nada faz sentido sem ele por isso o devemos conservar, enquanto o temos, como um bem precioso. Um beijo com amizade, Cristina

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